Não existe na atualidade nenhum grupo humano racialmente puro. As
populações contemporâneas são o resultado de um prolongado processo
de miscigenação, cuja intensidade variou ao longo do tempo.
Miscigenação é o cruzamento de raças humanas diferentes.
Desse processo, também
chamado mestiçagem ou caldeamento, pode-se dizer que
caracteriza a evolução do homem. Mestiço é o indivíduo nascido de pais de raças
diferentes, ou seja, apresentam constituições genéticas diferentes.
Esses conceitos, porém, são ambíguos, como o próprio conceito de
raça. O filho de um alemão e uma sueca, por exemplo, não é considerado
mestiço, mas sim alemão ou sueco, conforme o meio em que ocorrer sua
socialização. O filho de um alemão e uma vietnamita, ao contrário, será
considerado mestiço (eurasiano), seja qual for o meio em que se der sua
integração. Popularmente, considera-se miscigenação a união entre brancos
e negros, brancos e amarelos, e entre amarelos e negros, ou
seja, os grandes grupos de cor em que se divide a espécie humana e que, na
concepção popular, são tidos como "raças". Brancos, negros e
amarelos, no entanto, não constituem raças no sentido biológico,
mas grupos humanos de significado sociológico que o senso comum identifica
por um traço peculiar -- no caso, a cor da pele.
Na história do Brasil, a ocorrência da mestiçagem é bastante
pronunciada. Esse fato gerou uma identidade nacional singular e um povo
marcadamente mestiço na aparência e na cultura.
Os ancestrais indígenas do brasileiro contemporâneo caracterizavam-se
mais pela diversidade do que pela homogeneidade, enquanto os portugueses
provinham de um processo de caldeamento secular e variado, no qual se destacam
contribuições dos fenícios, gregos, romanos, judeus, árabes, visigodos, mouros,
celtas e escravos africanos. É difícil precisar a origem dos negros trazidos da
África para o Brasil, mas é sabido que provieram de diferentes tribos e nações.
Do século XVI ao XVIII, em aproximadamente 15 gerações, consolidou-se
a estrutura genética da população brasileira, com o entrecruzamento
de africanos, portugueses e índios. Ainda no período colonial, franceses,
holandeses e ingleses tentaram se estabelecer em território brasileiro e
deixaram alguma contribuição étnica, embora restrita.
Ao mulato, mestiço de negro e branco, se deve toda a
construção da economia litorânea no Brasil, inclusive o desenvolvimento de sua
vida urbana. Ao mameluco, resultante das relações entre branco e
índio, se deve a penetração para o interior e a marcha para o oeste. A partir
do século XIX, acrescenta-se à miscigenação entre os primeiros grupos étnicos a
contribuição dos imigrantes italianos, espanhóis, alemães ejaponeses, que
também participaram do processo de mistura racial no Brasil.
Os alemães se estabeleceram principalmente no Sul, os italianos em São
Paulo, e os espanhóis em todo o país. Isso também contribuiu para que a mistura
de povos no Brasil tivesse composição diferente de acordo com a região. De
maneira geral, pode-se dizer que predomina no litoral o mulato e, no interior,
o branco e vários mestiços. A população é mais índia no Norte, menos branca no
Nordeste, mais índia e mais branca no Centro-Oeste e menos negra no Sul. No
Sudeste, historicamente a área de maior desenvolvimento, há um pouco de todas
as raças.
POVOS NO BRASIL
As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o
europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e pureza. É difícil
afirmar até que ponto cada elemento étnico era ou não previamente mestiçado.
A miscigenação no Brasil deu origem a três tipos fundamentais
de mestiço:
Caboclo = branco + índio
Mulato = negro + branco
Cafuzo = índio + negro
Esse texto, mostra para todos a diversidade de povos no nosso país, e com isso todos nos não temos apenas uma cor no sangue, mais sim várias como a negra, a branca e a indígena, provando a riqueza cultural no nosso grande Brasil.
ResponderExcluirJoel Luis n 17